Balanço de Final de Ano!
Com
a chegada do final do ano, é natural que façamos o famoso “balanço anual”,
apurando débitos e créditos da nossa vida. Normalmente, em seguida, prometemos
iniciar a dieta, parar de fumar, guardar dinheiro, cuidar mais da saúde, dar
mais atenção aos familiares, fazer um trabalho voluntário, mudar de emprego,
ter mais qualidade de vida e assim por diante.
Mas,
depois de apenas algumas semanas ou até dias, a maior parte de nós
provavelmente vai esquecer as juras de ano novo, deixando de lado nosso tão
desejado objetivo.
Jamais
chamaremos essa nossa atitude de fracasso, pelo menos não para os outros e sim
de “adiamento” e será justificada pela falta de tempo e de recursos, ficando nosso
objetivo transferido para o próximo mês, quem sabe até para o próximo ano.
Mas
ao mesmo tempo em que isso acontece, de forma sistemática e muitas vezes
austera, cobramos mudanças de atitudes e de comportamentos dos que estão a
nossa volta e reclamamos de tudo e de
todos.
Queremos
que nosso(a) companheiro(a) seja mais carinhoso(a) e atencioso(a); queremos um
chefe legal e compreensivo; filhos extremamente organizados e vizinhos totalmente amáveis e gentis. Nada
disso pode esperar para o próximo ano, para a 2ª.feira ou para o mês que vem. Tem que ser agora, neste momento,
imediatamente! Exigimos muito de todos e se não fizerem como esperamos, coitados
deles, cobraremos muito! Ou, pelo contrário, talvez nos tornemos as pobres
vítimas sofredoras, já que ninguém nos entende ou nos dá a devida atenção!
Percebem
o jogo que normalmente, de forma inconsciente, fazemos? Quando precisamos tomar atitudes que são importantes e que só
dependem de nós, deixamos para mais tarde, para a semana que vem, para o próximo ano; mas
quando esperamos que alguém mude ou faça algo para nós, tem que ser agora! Mas, a vida nos mostra
que as coisas não são bem assim, porque não conseguimos mudar as outras pessoas,
só a nós mesmos!
Assim,
nossos companheiros (as) podem até se tornar mais carinhosos(as) e
atenciosos(as), mas será no tempo deles e talvez nem assim nos sentiremos satisfeitos.
Devemos então nos perguntar quanto temos nos dado de carinho e atenção
ultimamente.
Podemos
mudar de emprego e arrumar um chefe que é muito legal, mas talvez o coordenador
da outra área não seja tão bonzinho assim e passará a nos incomodar muito. Devemos
perceber se somos compreensivos com nossas próprias falhas, se aprendemos a nos
perdoar, para poder recomeçar novamente.
Nossos
filhos podem se tornar muito organizados, talvez mais por imposição do que por entendimento.
Então, devemos refletir sobre que tipo de exemplo temos sido para eles, quando
sabemos organizar tão bem nossas gavetas e armários, mas há tantos “reveillons”
nos comprometemos a fazer coisas que nunca conseguimos cumprir.
Podemos
mudar de casa e de bairro e por sorte encontrar vizinhos maravilhosos, mas
talvez essa doce convivência só dure até nosso vizinho ser transferido
novamente de cidade. Precisamos analisar se temos sido amáveis e gentis na
forma de lidar com nossos erros e imperfeições.
Talvez
seja o momento de percebermos que as mudanças precisam, finalmente, ser feitas de dentro para fora, começando por nós! Quando
nos conscientizarmos disso, não precisaremos mais esperar uma data especial
para começar algo realmente importante para nós. Podemos e devemos começar
neste momento, porque o melhor momento é agora!
Quando
nos cuidamos com amor e carinho, assumindo a responsabilidade por nossas vidas,
nos tornamos mais confiantes e alegres. Deixamos de ser tão exigentes porque
estamos felizes por fazermos a nossa parte. Tornamo-nos pessoas mais leves e melhores
para todos que convivem conosco e para o mundo em que vivemos!
Feliz
momento atual para todos nós!
Cacilda
Zeraik
Um comentário:
Bela reflexão. Temos que nos preocupar conosco, com nossas mudanças e aquisições. Cada ser é responsável pelo seu crescimento. Muita paz!
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